sábado, 31 de julho de 2010

O Homem e a Liberdade

(16/05/2010)


O Ser Humano é difícil de entender. É misterioso e talvez por isso seja tão belo.

A humanidade tem potencial e até mesmo exemplos de ser uma essência única, porém dentro dessa unidade há individualismo, um individualismo tremendo que quando não é respeitado, que é o que acontece diariamente dá origem a divergências tremendas.

Talvez daí resulte a antagonia de o Homem querer ser livre, mas só ele livre, dado que não quer deixar os outros serem livres também: o estado da liberdade aparente total. Porém, quando ousa aproximar-se desse estado naturalmente utópico dado que o Homem funciona como a natureza - não se domina a ela própria mas também não se deixa dominar - deseja que nada disso tivesse acontecido: Qual seria a piada de viver sem restrições? de ser livre sem conquistar a liberdade?

No fundo o ser humano é um ser convicto, (ou pelo menos aparentemente convicto das suas ideias), lutador e objectivista: Uma besta da natureza mas com "potencialidade" de ter propósitos bem mais racionais.

Tiago Vilarinho

22/07/2010

Tudo aquilo que passamos se desvaneceu numa nuvem de pó,
A minha alma, outra plena, é hoje triste e só.
O vento uivando lá fora arrasta memórias rasgadas de sorrisos aparentes,
Meus lábios parecem-me vivos no passado, mas hoje dormentes.
Os meus nervos e ossos são as raízes férteis que brotaram ramos podres.
Nos canteiros que me habitaram há sal seco, nenhumas flores.
A força da minha juventude é o desgaste da pele enrugada que ainda não tenho.
Estou num beco com muitas saídas mas a felicidade eu desdenho.
E não há nada que os meus antigos nobres valores hoje possam comprar,
Pois o Mundo inteiro já é grande demais para eu abraçar.
Sou tão pequeno que não suporto o esqueleto que comporto.
Terei forças para continuar vivo, ou será que já estou morto?

Tiago Vilarinho