domingo, 16 de maio de 2010

Importância das Redes Sociais: Perspectiva Social e Empresarial

Texto individual do trabalho de grupo "Hoteis italianos de 5 estrelas e as redes sociais" da disciplina de Tecnologias e Sistemas de Informação, ESHTE 2010



Ao entrar no século XXI o Planeta já estava inteiramente familiarizado com as novas tecnologias e com a Internet, mas na primeira década do novo milénio houve uma aceleração natural do processo: vive-se a era digital, onde a informação é imediata, praticada no segundo, e os jovens do novo milénio crescem num ambiente em que a internet tem um grande peso (Estima-se que sejam 1.1 biliões os utilizadores da Internet em todo o Mundo).

Associado a esse fenómeno global surgiu portanto um novo fenómeno: As redes Sociais, que tal como o nome sugere, tiveram um impacto gigantesco na nossa sociedade. Vieram demonstrar que a Teoria dos seis graus de separação (teoria que defende que a partir de uma pessoa é possível alcançar qualquer uma outra em todo o globo terrestre percorrendo no máximo 6 graus de conhecimentos entre amigos, conhecidos, familiares, etc.) é aplicável ao nosso mundo ao reunir os utilizadores numa rede de conhecimentos.

De facto, hoje em dia, alguém não saber o que é o Facebook, é visto como um fenómeno não muito comum, sendo particularmente no mundo dos jovens, como algo até bastante raro (um outsider).

No inicio, as redes sociais eram associadas ao lazer e à comunicação entre amigos e familiares, porém, actualmente, a relação estabelecida entre pessoas através das redes sociais passa agora também a ser entre empresas e clientes.

As salas de chat na Internet foram passando a ser algo démodé: as redes sociais davam mais personalidade ao fenómeno, permitiam a criação de perfis, que iam sendo enriquecidos com conteúdo social transmitido por outras pessoas. É o fenómeno do “Achievement” entre os mais jovens, a verdadeira escalada social fundamentada. E tal como tudo nesta sociedade descartável, também as redes sociais aborrecem e passam de moda passado algum tempo, daí se explica a gigantesca diversificação de redes e mesmo o número de utilizadores que difere de uns países para os outros (No Brasil a rede social mais utilizada é o Orkut enquanto que em Portugal era há uns meses o Hi5).

A dimensão e os negócios à volta destas páginas tomaram proporções gigantescas: O My Space, por exemplo registava 116 milhões de utilizadores em 2006, dois anos após ser criado e um ano após ter sido comprado pela Rupert Murdoch's News Corporation por 580 milhões de dólares americanos.

Em termos empresariais, a utilidade destas redes foi óbvia: seria possível aos patrões analisar informações pessoais sobre um possível candidato a um lugar na empresa, e vice-versa.

Mais tarde viu-se mais valias também no que diz respeito aos contactos que as empresas conseguiam através das redes sociais, assim como a cliente e a aumentar a sua notoriedade perante o público em geral. As redes sociais foram lentamente se tornando num ponto chave do plano de ecommerce de empresas em todos os ramos profissionais, quer seja a grande quer a pequena escala.

Através das suas ferramentas é possível às empresas actualizarem as informações em tempo real, sendo que estas podem passar por textos, imagens, filmes, etc. … Os clientes podem deixar os seus veredictos e isso pode influenciar à opção de outros clientes, ou mesmo transmitir informações importantes às empresas sobre a imagem que o consumidor delas tem.

A comunicação site – rede social é assim tremendamente importante já que as redes sociais têm mais funcionalidades que os sites e por sua vez podem aumentar o número de visitas dos sites.

Tiago Vilarinho (13/05/2010)

Estarei eu morto por dentro?

(24/02/2010)



Cheguei á escola básica EB 2,3 Júlio Saúl Dias, como o mesmo de sempre: uma criança presa em sonhos e por isso talvez mais livre que as outras crianças aparentemente donas da sua liberdade mas artificialmente presas e cegas, mas só algumas horas depois iria compreender essa realidade, e desde esse dia, passadas as ditas horas viria a guardar semelhante informação, muito por mim valorizada, levando-a comigo para a minha vivência diária, ou até, mais correctamente, vivendo-a dia a dia.

Era uma fase escolar de escolha que fazia de nós, pequenos rebentos chamados de púpilos e com a mania que eramos mais do que isso, um pouco mais donos-de-si.

Com o meu equílibrio interno mais suavizado pelas cordas do violino que acompanhava há três anos preteri da música e optei pelo teatro que, para minha indignação futuramente abalada pela positiva, viria a ser leccionado por uma professora de Educação Física, cujo nome a minha parvoíce adolescente me fez esquecer, enbora neste caso se trate mesmo meramente, de um "nome", dado que tudo o resto que essa excelente professora me transmitiu eu apreendi.

A disciplina, pelo menos pelos moldes em que a conheci, presumo que teria o objectivo de nos introduzir ao teatro soltando-nos em palco: nem dois anos ou três depois aprendi mais sobre filosofia do que nessas aulas; Soltei-me no palco da vida como nunca mais viria a aprender a soltar.

Talvez a lição mais importante dessa professora, ou pelo menos aquela que mais me ficou na cabeça foi sem dúvida quando me disse que as pessoas se chateavam por, em certos momentos da sua vida quotidiana não terem nada para fazer, ao que segundo a minha professora seria o meio para "não morrermos por dentro".

Todos os dias eu penso nessas palavras;Chego à conclusão que são demasiado profundas para uma análise conclusiva, mas eu entendi, de certa forma, aquilo que a professora me quis dizer.

Hoje, na Parede, em intervalo de aulas de condução, comendo um delicioso scone com compota de morango, num delicioso café/casa de chá (Tea For Two), interrogo-me se basta pensar nestas palavras para não morrer por dentro, chego à conclusão que não e apesar da minha campanha contínua ao longo dos anos, hoje, longe do mundo que construí sinto-me um pouco morto por dentro...

Com olhos embaciados por uma melancolia para a qual gostaria de ter cura, olho as paredes da casa de chá e encontro uma citação que o destino me trouxe a propósito desta fase da minha vida:
"Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no Presente, nem no Futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido." - Dalai Lama.


Tiago Assis Vilarinho (Retirado do segundo moleskine)