(28/06/2009)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJ34xXPTE0c50rhPh9eSvSeAHlXRFqkhxr47EIKPIfmlZarMME7QQEzZ2bOf5n-dm6Bbzsqk73uPxrMDK5GeqtqGEDwRU7rGLt7YqNY3TWoF5cIrL7RwErX-l1kqOyyMFIhAAObcc8D4-/s400/nostalgia.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJ34xXPTE0c50rhPh9eSvSeAHlXRFqkhxr47EIKPIfmlZarMME7QQEzZ2bOf5n-dm6Bbzsqk73uPxrMDK5GeqtqGEDwRU7rGLt7YqNY3TWoF5cIrL7RwErX-l1kqOyyMFIhAAObcc8D4-/s400/nostalgia.jpg)
A nostalgia é um sentimento complicado de lidar, e com um soberbo poder.
Primeiro porque é um "upgrade" da saudade, aquela saudade que tanto nos inquieta, depois, porque é um sentimento, ou estado, talvez seja melhor chamarmos-lhe de estado, que é um misto de vibrações positivas e negativas.
A nostalgia retira-nos a capacidade de agir e de raciocinar e aumenta-nos a capacidade de sentir e de sonhar.
Advém de recordações e memórias que, tendencialmente felizes e positivas, nos marcaram e que desejamos reviver. Porém, às vezes a nostalgia surge sem nenhuma razão em especial, como um reflexo de uma possível saudade futura, ou um desejo de recordarmos algo que nunca fizemos ou que nunca fomos, mas que gostariamos de fazer ou ser, ou pelo menos exprimentar dazer ou ser.
Estar sorumbático ou sentir-se nostálgico, são estados que rivalizam pela devastidão que nos provocam.
De facto, é impossível definirmo-nos, quando envoltos de nostalgia, como felizes ou tristes. Por um lado, o torpor que nos provoca, por outro o desejo de permanecer nesse torpor.
A nostalgia deixa um rasto de inquietação que nos faz ter pena de uma terceira pessoa que se outra mas que somos nós ao mesmo tempo por motivos que não compreendemos bem ao certo o que são.
Essa pena cria orgulho nessa pessoa (que somos nós mesmos) e por isso fá-la querer permanecer nesse clima de sofrimento.
No fundo, nostalgia é como uma versão "gourmet" de melâncolia se a imaginarmos como um prato que temos que ingerir, obrigatoriamente, porque não há melhor, mas que se calhar ingeriamos na mesma se houvesse mais opções. É um beco sem saída, um estado puramente humano, que nos faz sentir verdadeiramente humanos. Tal vez por isso a odiemos. Tal vez por isso a adoremos.
Primeiro porque é um "upgrade" da saudade, aquela saudade que tanto nos inquieta, depois, porque é um sentimento, ou estado, talvez seja melhor chamarmos-lhe de estado, que é um misto de vibrações positivas e negativas.
A nostalgia retira-nos a capacidade de agir e de raciocinar e aumenta-nos a capacidade de sentir e de sonhar.
Advém de recordações e memórias que, tendencialmente felizes e positivas, nos marcaram e que desejamos reviver. Porém, às vezes a nostalgia surge sem nenhuma razão em especial, como um reflexo de uma possível saudade futura, ou um desejo de recordarmos algo que nunca fizemos ou que nunca fomos, mas que gostariamos de fazer ou ser, ou pelo menos exprimentar dazer ou ser.
Estar sorumbático ou sentir-se nostálgico, são estados que rivalizam pela devastidão que nos provocam.
De facto, é impossível definirmo-nos, quando envoltos de nostalgia, como felizes ou tristes. Por um lado, o torpor que nos provoca, por outro o desejo de permanecer nesse torpor.
A nostalgia deixa um rasto de inquietação que nos faz ter pena de uma terceira pessoa que se outra mas que somos nós ao mesmo tempo por motivos que não compreendemos bem ao certo o que são.
Essa pena cria orgulho nessa pessoa (que somos nós mesmos) e por isso fá-la querer permanecer nesse clima de sofrimento.
No fundo, nostalgia é como uma versão "gourmet" de melâncolia se a imaginarmos como um prato que temos que ingerir, obrigatoriamente, porque não há melhor, mas que se calhar ingeriamos na mesma se houvesse mais opções. É um beco sem saída, um estado puramente humano, que nos faz sentir verdadeiramente humanos. Tal vez por isso a odiemos. Tal vez por isso a adoremos.
Tiago Assis Vilarinho
Retirado do Moleskine
Retirado do Moleskine
Nenhum comentário:
Postar um comentário